CÉSAR EM ENTREVISTA

Após 3 anos na equipa da AAUAv, César Rodrigues, ou Engenheiro como é conhecido dentro da equipa, está de saída.
Depois de ter terminado o curso de Engenharia Electrónica e de Telecomunicações no ano passado (2008), César parte agora rumo a uma nova etapa da sua vida.

Na bagagem leva 2 títulos de Campeão Nacional Universitário e um terceiro lugar, bem como a participação nas competições da FPB, onde fez parte da equipa que participou no Campeonato Nacional de Basquetebol - 2ª divisão (CNB2), quer em 2007/2008 como em 2008/2009.

Basket.ua: Neste momento em que estás de saída da equipa, tens de levar com a pergunta da praxe, ou seja : O que é que sentes?
César: Julgo que o sentimento é de missão cumprida, pelos muitos objectivos alcançados, tanto a nível individual como colectivo. Refiro-me, a nível colectivo, aos títulos universitários conquistados e consequentes participações nos Europeus, às boas prestações no CNB2 e Taça de Portugal e à constante evolução da equipa; a nível individual, refiro-me aos meus progressos como jogador e, acima de tudo, à quantidade de valiosos amigos que ganhei para a vida.

Basket.ua: Que balanço fazes, não só destes 3 anos com a equipa de basquetebol, mas também dos anos em que estiveste na Universidade de Aveiro?
César: O balaço é francamente positivo. Foram anos muito bem passados, talvez os melhores da minha vida... São anos que jamais se esquecem e que me fizeram crescer muito enquanto pessoa. Levo da UA e, em particular, da equipa de basquetebol, muitos amigos e excelentes recordações e julgo que isso é que é verdadeiramente importante.

Basket.ua: Quais os momentos que mais te marcaram?
César: O momento mais marcante foi, sem dúvida, o primeiro título universitário. Não que o segundo tenha tido menos importância mas, por motivos profissionais, acabei por ter que o viver à distância e a sensação nunca é a mesma... Destaco também a participação no Europeu Universitário de 2008. Uma experiência única onde tive o privilégio de defrontar jogadores de enorme qualidade (muitos deles teriam lugar em qualquer equipa da Liga Portuguesa de Basquetebol).
Apesar da tristeza e frustração que se vivem nas derrotas, não elejo nenhuma como um momento negativo. As derrotas fazem parte do percurso e ajudam-nos a crescer e evoluir.

Na verdade, o que mais que custou e o que considero que foi o grande aspecto negativo durante este tempo em que representei a equipa de basquetebol da AAUAv foi o pouco reconhecimento que houve por parte da instituição Universidade de Aveiro em relação aos atletas/estudantes. Julgo que quem abdica de tanto tempo que poderia passar com a família, a namorada ou os amigos para se dedicar ao basquetebol da UA, ganhando títulos e divulgando o nome da instituição a nível nacional e internacional merecia ver reconhecido, por parte da Universidade de Aveiro, o seu esforço e isso não aconteceu.

Basket.ua: Tirando o Sr.Meireles e as suas laranjas, o que é que te vai dar mais saudades?
César: A D.Emília, claro :D ... Sinceramente acho que vou ter saudades de quase tudo.

Dos torneios universitários (principalmente dos que não eram jogados em casa), dos derbies do CNB2, do magnífico ambiente de balneário, das idas ao ginásio, dos treinos de sexta-feira de manhã, das pré-épocas com treinos bi-diários e corridas pela Rua da Pêga, das jantaradas e saídas à noite com a equipa, dos jogos de poker, das fases finais do CNU, dos treinadores Fanã e João e dos GRANDES colegas de equipa que tive.

Basket.ua: Em relação ao teu futuro enquanto atleta, tens planos?
César: Para o futuro faço intenções de continuar a jogar basquete, de preferência num clube do distrito.

Basket.ua: Uma mensagem à equipa:
César: Antes de mais, OBRIGADO:
-Aos meus colegas por serem uns tipos 5 estrelas e por me terem ensinado tantas coisas;
-Ao Fanã por ter acreditado, durante estes 3 anos, que eu tinha qualidade para ajudar esta equipa e por me ter ajudado a progredir como jogador;
-Ao João pelos constantes incentivos e conselhos;
Por fim, a todos os que por aí ficam, continuem o excelente trabalho de tornar esta equipa cada vez melhor e de dar cada vez mais credibilidade ao desporto universitário (em particular ao basquetebol), aproveitando sempre da melhor forma o privilégio que é fazer parte desse magnífico grupo.