domingo, 20 de julho de 2008

AAUAv de partida para a Sérvia

A equipa da AAUAv está de partida para a Sérvia, Novi Sad, onde a partir de amanhã se disputa o Campeonato Europeu Universitário.

Na "bagagem" vai muita confiança, mas também a certeza de que os adversários que se vão encontrar lá são de uma realidade bem diferente da nossa.
De qualquer maneira, os objectivos estão definidos, e em entrevista ao Diário de Aveiro, o treinador Fernando Santos deu a conhecer o que pretende para este Europeu:

DA - Ainda não conhecem os adversários da fase de grupos, mas independentemente desse factor há alguma meta classificativa definida?
FS - Em primeiro lugar, representar Portugal é um enorme orgulho e uma oportunidade, para alguns única, de experimentar estes duelos internacionais, sempre tão interessantes e motivadores. A meta classificativa é difícil de apontar. Se atendermos à experiência da UA nesta competição, nas duas anteriores edições em que participou, o saldo é de oito derrotas e uma vitória. Nada famoso e pouco animador. Tudo o que implique ganhar um jogo é já igualar a melhor prestação de sempre. Mas queremos mais… Quanto ao sorteio, parece-me quase irrelevante para as nossas aspirações concretas: conhecermo-nos e começarmos uma caminhada de afirmação da UA como Universidade de referência no panorama basquetebolístico europeu. Para que isto aconteça, teremos que defrontar, diariamente, o nosso principal adversário: nós próprios.

DA - Embora haja um grande desconhecimento dos adversários, quais serão as maiores dificuldades com que o seu grupo se irá deparar?
FS - Somos muito pequeninos e leves. Tacticamente e ao nível de hábitos de treino também não vimos com o melhor dos trabalhos realizados da formação, pese embora o grande esforço que os clubes colocaram na formação de quase todos os nossos atletas. Contudo, os clubes estão enquadrados numa estrutura organizativa (Federação Portuguesa de Basquetebol - FPB) que permite que os “truques” prevaleçam sobre a honestidade e a disputa leal. Senão, como entender que a Liga de 2007/2008 tenha existido, se são públicas as enormes dívidas de alguns clubes que nela participaram e que hoje se aprestam para novamente “dar o golpe” na nova estrutura competitiva? Como entender que haja cidadãos norte-americanos a jogar com visto de turistas e sem pagar impostos, enquanto na divisão federativa mais baixa não se permite que um atleta europeu exerça um direito que legalmente lhe é consagrado, ou seja, jogar basquetebol na equipa que escolheu? Tudo isto baralha, confunde, e é este contexto que faz com que os nossos jovens tenham dificuldade em perceber os valores que tentamos incutir. Na Sérvia, como adversários, iremos ter equipas espanholas, russas, gregas, italianas, lituanas, croatas, turcas… Vamos defrontar vários jogadores com mais de 2,10 metros, o que representará um factor de dificuldade adicional ao qual não estamos habituados. Será muito difícil, mas tudo faremos para contestar o teórico favoritismo de todas estas equipas e, sobretudo, aprender. Aprender muito.

(Excerto da entrevista do treinador 'Fanã' ao Diário de Aveiro)

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