quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

1ª PARTE DE LUXO, 2ª DE PARTE DE LIXO

 
 
Galitos/AAUAv:
Manuela Oliveira (4); Cláudia Conceição; Tânia Santos (11); Daniela Ramos (5); Inês Afonso (4); Sara Pinto; Rita Pires (5); Andreia Migueis (5); Raquel Soares (12); Joana Reis; Ana Sami e Mariana Pinto.

Marcha do Marcador:
12-14, 30-21 (18-7), 35-36(5-15), 46-52 (11-16).

O que diz o treinador:
"Este jogo teve todas as características de um derby, acrescido do facto de poder alterar a classificação no campeonato. Uma vitória colocar-nos-ia à frente da equipa do Esgueira e uma derrota, afastar-nos-ia do topo da tabela classificativa. Era por esta razão, notória alguma ansiedade na abordagem ao jogo. Apesar disso, a equipa soltou-se nos minutos iniciais e praticou um basquetebol de boa qualidade ao longo da primeira parte.
Os dois primeiros períodos caracterizaram-se pelo equilíbrio natural e expectável entre as duas equipas. No início do 2º período melhorámos claramente a consistência defensiva e conseguimos a primeira vantagem assinalável no marcador após um parcial de 09-00, o que nos permitiu ir para o intervalo na frente por 9 pontos.
No regresso ao campo a nossa equipa deixou de jogar. As falhas sistemáticas na defesa concederam à equipa visitante muitas facilidades no ataque. Ficámos claramente perturbados com a forte entrada em jogo do Esgueira que aproveitou da melhor forma o nosso desacerto na defesa para arrancar um parcial de 00-09. Esta fase do jogo motivou a equipa adversária e provocou-nos alguma ansiedade, que se reflectiu na péssima prestação ofensiva: estivemos praticamente os 6 minutos iniciais sem converter qualquer tentativa de lançamento e apenas marcámos 5 pontos neste período!
Nos minutos iniciais do 4º período recuperámos alguma serenidade e melhorámos a nossa defesa e empatámos o jogo. No entanto, a meio do período voltámos a cometer demasiados erros na defesa e perdas de bola no ataque e a equipa adversária conseguiu 7 pontos sem resposta, passando para a frente do marcador.
Até final do período fomos atrás do resultado, mas nada saía bem nem na defesa nem no ataque. A derrota por 6 pontos acaba por ser o preço a pagar pelos (demasiados) erros cometidos e pela péssima exibição na segunda parte do jogo.
Alguns dados estatísticos podem ajudar a perceber de forma mais objectiva o desenrolar do jogo: (1) cometemos o dobro (!) das faltas do Esgueira; (2) a equipa adversária efectuou 33 lances livres e marcou 24 (~73%) enquanto nós apenas tivemos 13 com 6 convertidos (46%, menos 18 pontos marcados da linha de lances livres comparativamente ao adversário); (3) em toda a 2ª parte marcámos apenas 16 pontos (5+11) e sofremos 31.
Os jogos equilibrados decidem-se normalmente nos detalhes. Neste caso não foram bem detalhes que fizeram a diferença, mas erros defensivos clamorosos que permitiram ao adversário utilizar os seus pontos fortes. Todos sabemos que não se ganham jogos deste tipo sem defender e, como é óbvio, não há defesa possível se o defensor do jogador com bola está sistematicamente a ser batido. A defesa deve ser colectiva, mas também deve assentar na qualidade de cada elemento. Quase sempre, a qualidade da defesa de uma equipa é tabelada pela qualidade defensiva do elemento mais fraco. É preciso trabalharmos em conjunto para melhorar a prestação defensiva dos elementos menos fortes de forma a reforçarmos o colectivo!
Contudo, e apesar do resultado negativo, o campeonato ainda está longe do termo e devemos ter confiança na nossa qualidade e no nosso potencial. Os nossos objectivos mantêm-se, embora a nossa margem para erro tenha ficado perigosamente reduzida.
A melhor forma de lidar com estes jogos é aprendermos com os erros e evitar cometê-los no futuro."
 
Por Hugo Fernandes
 
 

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